A primavera de 2024 efetivamente inicia neste domingo, 22 de setembro, às 9h44, trazendo expectativas de um clima seco que deve prevalecer até cerca de novembro. Segundo o Inmet, as chuvas poderão ter volumes acima da média, mas somente em regiões específicas como Acre, Roraima e sudeste da Bahia. Por outro lado, estados como Mato Grosso esperam um retorno gradual das precipitações. A situação climática pode ser influenciada pela umidade da Amazônia, enquanto o sul do Amazonas, com alta ocorrência de incêndios, deverá continuar na seca e com queimadas até outubro, devido à presença do fenômeno La Niña.

Frentes frias intensas estão previstas para atingir São Paulo nos próximos dias, com temperaturas de até 14°C no domingo. Essa queda brusca é ocasionada por um corredor polar, que favorece a passagem de massas polares do Polo Sul em direção ao continente. A intensidade da massa polar é aumentada pelo fenômeno La Niña, resfriando as águas do Oceano Pacífico. A previsão inclui geadas e temperaturas negativas em estados do Sul do Brasil, com destaque para a região serrana. A frente fria também trará mudanças bruscas de temperatura em outras regiões do país, interrompendo o clima quente atípico para o inverno.

O inverno de 2024 terá muita influência do fenômeno La Niña, sendo que no ano anterior foi marcado pelo El Niño. A transição do Oceano Pacífico para o La Niña deverá começar entre julho e agosto, com resfriamento na faixa equatorial. O Atlântico subtropical pode se aquecer lentamente durante a estação, enquanto o tropical fornecerá calor para regiões litorâneas. A previsão do tempo para o inverno nas diferentes regiões do Brasil varia, com destaque para chuvas, frio, neve, geada, calor acima da média e friagens.

A temporada do fenômeno climático El Niño, que contribuiu para eventos climáticos extremos e altas temperaturas no planeta, está próxima do fim, de acordo com a OMM (Organização Meteorológica Mundial). A desaceleração do fenômeno El Niño já está ocorrendo, e a previsão é de que o fenômeno oposto, La Niña, ocorra nos próximos meses. No entanto, o fim do El Niño não representa uma pausa no aquecimento global causado pelo acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera.